Bíceps e tríceps, você conhece bem esses músculos?
A definição dos braços é algo valorizado tanto por homens quanto por mulheres.
Quer pela aparência de força, quer pelo tratamento da flacidez que ocorre no local, não podemos negar a importância estética desse fato.
Nesse texto, buscamos trazer informações a respeito do preenchimento de bíceps e tríceps, aspectos anatômicos e funcionais relacionados e a importância do PMMA nessa volumização.
Por isso utilizamos dados da literatura médica na tentativa de deixar mais acessível o entendimento desse procedimento.
Boa leitura!
DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO
- Importância Histórica do bíceps e tríceps
- Preenchimento definitivo do bíceps/tríceps
- Quando recorrer à volumização?
- Musculação ou Preenchimento Definitivo? Eis a questão!
- Uso do PMMA para preenchimento de bíceps/tríceps.
Importância histórica do Bíceps e Tríceps
Para início de conversa, você pode estar se questionando: qual a importância social de ter braços com contornos bem definidos e volumizados?
Saiba que essa resposta sobre a relação entre braços fortes e o meio social é mais antiga do que você imagina.
Vejamos alguns aspectos histórico-sociais de beleza em relação ao bíceps e tríceps.
Inicialmente, é válido ressaltar que a sociedade exerce uma influência indeclinável na maneira como as pessoas encaram o conceito de “beleza” e constroem sua autopercepção.
Seja nos aspectos políticos, econômicos ou sociais, o conceito de “beleza” é construído pelo coletivo, por exemplo, desde a Grécia Antiga, berço da civilização ocidental.
Lá, nos primeiros Jogos Olímpicos do mundo, em 776 a.C, foi sediado o berço da relação entre nutrição e desempenho físico (CAMARGO et. al, 2006).
Braços fortes, com bíceps e tríceps alinhados, eram considerados como bons atributos sociais.
Obviamente nos dias atuais não há tal rigidez, mas herdamos a admiração por braços definidos de nossos antepassados.
Você sabia, por exemplo, que as mulheres que viveram há 6 mil anos tinham braços mais desenvolvidos que os atletas de elite do remo da atualidade?
Curioso não?
E é focado na importância estética e funcional de braços mais harmônicos que esse texto se propõe a instigá-lo.
E como em medicina não podemos deixar de passar pelo básico, a seguir traremos alguns aspectos anatômicos fundamentais sobre bíceps e tríceps.
Divisões Anatômicas do Bíceps e Tríceps
Você já se perguntou sobre o que é de fato o “braço”?
Seria talvez todo o membro superior do ombro até a ponta dos dedos? Errado!
No vocabulário do dia a dia pode até ser, mas anatomicamente falando, o termo “braço” refere-se à região entre as articulações do ombro e do cotovelo.
Os músculos do braço são divididos em 2 compartimentos:
- ANTERIOR ou FLEXOR: músculo bíceps braquial; coracobraquial e braquial;
- POSTERIOR ou EXTENSOR: músculo tríceps braquial.
Cada um deles possui uma função e importância específicas que conheceremos na sequência.
E o restante do membro superior?
Bom, aí já teremos o antebraço que vai do cotovelo até o início da articulação das mãos e as mãos propriamente ditas como extremidades dos membros superiores.
Bíceps, uma visão da anatomia
O bíceps braquial, conhecido também como bicípite braquial, é o músculo mais superficial do compartimento anterior do braço.
Facilmente palpável e muito visível como uma protuberância redonda quando você flexiona o antebraço contra uma resistência.
Esse músculo possui duas cabeças ou origens de inserção no osso da escápula: a cabeça longa e a cabeça curta.
As duas cabeças acabam se fundindo e terminando em um tendão único próximo ao cotovelo.
A função do bíceps braquial é flexão e supinação do antebraço, além disso sua cabeça longa estabiliza a articulação do ombro.
O próximo na lista dos músculos do braço é o braquial.
Ele é encontrado profundamente no compartimento anterior do braço, abaixo do bíceps braquial.
A atuação do músculo braquial é apenas na articulação do cotovelo, sendo o flexor mais potente do antebraço.
Já o músculo coracobraquial também fica profundamente ao bíceps no compartimento anterior do braço.
Ele atua na articulação do ombro, flexionando e aduzindo (aproximando do corpo) o braço.
Também estabiliza a articulação do ombro durante a sustentação de cargas pesadas, como carregar sacolas com peso considerável, impedindo o deslocamento e lesão desta articulação.
Passemos agora ao tríceps.
Não desista! A anatomia parece complicada e até um pouco chatinha, mas ajuda a entender melhor como somos constituídos!
Tríceps, uma visão da anatomia
O tríceps braquial, nosso conhecido tríceps, é ao mesmo tempo o maior e único músculo ocupante do compartimento posterior do braço.
O músculo tríceps fica bem evidente na parte de trás do braço, especialmente quando bem desenhado, alinhado e volumizado.
Assim como sugere o nome, o tríceps é composto por três cabeças: longa, lateral e medial.
Não há como querer ter braços esteticamente agradáveis sem considerar esse músculo de grande importância.
Responsável pela flacidez característica do “tchauzinho”, merece nossa atenção!
Como função, o tríceps promove a extensão do antebraço, sendo, portanto, o principal antagonista cinesiológico dos músculos flexores do braço (bíceps).
Ufa! Passada a parte mais conceitual da anatomia, discutiremos agora sobre aspectos relevantes do preenchimento definitivo do bíceps e tríceps.
E então, na sequência, trataremos sobre como o PMMA pode te auxiliar nisso.
Preenchimento Definitivo do Bíceps/Tríceps
Como se percebe, além da parte estética, os músculos do braço possuem uma função de mobilidade importante.
Sendo assim, a volumização e definição, com redução da flacidez do braço, além de beleza propriamente dita é também saúde.
Afinal, estética é sim questão de saúde!
E nesse ponto o preenchimento definitivo de bíceps/tríceps, ou também chamado bioplastia de braços, pode te auxiliar.
Caso queira conhecer mais sobre os detalhes do preenchimento definitivo clique no termo em destaque, preparamos um texto inteirinho para você!
O que a estética prevê em termos de volumização?
Primordialmente, é preciso salientar que algumas questões específicas do braço, como a flacidez, dependem inclusive de fatores genéticos.
O grupo de anglo-saxões tem muito mais chance de desenvolver flacidez que os afro-americanos, por exemplo.
Outras questões como a lipodistrofia também são levadas em consideração.
(Para saber mais a respeito do que é lipodistrofia clique no termo destacado, temos um texto criado com riqueza de detalhes para você)
Porém, o fator que não se discute é que a redução da flacidez, com a melhora do contorno corporal, possui um impacto positivo na autoestima.
Por si só isso já seria um motivo interessante para se atentar às questões estéticas da volumização dos braços.
No que se refere à técnica de preenchimento definitivo com a utilização de PMMA, o ganho de volume se dá a partir da bioestimulação da produção de colágeno de forma duradoura e permanente.
Como ganho secundário desse novo contorno corporal obtemos a redução da flacidez local.
Vale ressaltar que o colágeno é o grande regente dos resultados estéticos. Clique aqui e saiba mais sobre ele.
Dito isso, você deve estar se questionando então sobre qual seria o momento ideal para recorrer aos procedimentos estéticos no bíceps/tríceps.
Nosso próximo tópico trata sobre isso.
Confira…
Quando recorrer à volumização?
Essa resposta é variada, um tanto pessoal quanto também um acordo entre você e seu médico de confiança.
Caso você se sinta desconfortável com a flacidez ou a falta de volume no bíceps/tríceps, por exemplo, pode ser o momento de consultar com um profissional capacitado.
No caso do preenchimento definitivo, deve ser um médico com CRM válido e que seja experiente na aplicação de PMMA.
Apenas questões estéticas ou também questões de saúde são importantes?
Conforme já discutido ao longo do texto, nem só para questões estéticas se direciona o preenchimento definitivo de braços.
Fora a parte funcional que cada músculo do braço exerce (discutido anteriormente), você sabia que existe um grupo de distrofias na medicina que altera a força e causa perda muscular no bíceps/ tríceps?
E nesses casos, no que se refere à reposição de volume, o preenchimento definitivo pode auxiliar.
Nessa linha, possuímos a Distrofia muscular fascioescapuloumeral (DFEU) e a Distrofia muscular de Emery-Dreifuss (DMED) por exemplo, ambas causadoras de enfraquecimento e redução da massa muscular de músculos como o bíceps e tríceps.
Musculação ou Preenchimento Definitivo. Eis a questão!
Nesse ponto, você pode estar se perguntando: qual o motivo de fazer preenchimento definitivo se posso fazer musculação para o desenvolvimento de bíceps/tríceps?
Mais uma vez não há uma resposta única, pois em medicina tudo é individualizado de acordo com a realidade do paciente.
Na estética não é diferente.
Primeiramente, você deve saber que apesar do estímulo à neocolagênese que o PMMA proporciona, em muitos casos a indicação concomitante de outros procedimentos/treinamentos como a musculação servem para potencializar ainda mais os resultados.
Não há necessidade de exclusão de um em detrimento do outro, pois na maioria das vezes são complementares ao buscar o objetivo final do paciente.
Em segundo lugar, mas não menos importante, há pacientes que não possuem condições anatômicas ou fisiológicas que permitam com que malhem com a intensidade necessária para a hipertrofia global do braço.
Alguns casos mais sérios de perda de massa magra, distrofias e outros fatores particulares podem fazer com que o preenchimento seja uma opção no percurso terapêutico desses pacientes.
Por isso, sempre é recomendado procurar seu médico de confiança e discutir com ele as melhores opções.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
- Lipodistrofia: o que é, como funciona e técnicas de correção
- Glúteo masculino: resultado possível e natural com PMMA
- Colágeno: o que é, para que serve, como estimular
- Bioplastia de glúteo: o que é, indicações e cuidados
Uso do PMMA para preenchimento do Bíceps/Tríceps
Finalmente, eis que chegamos a um dos pontos mais importantes desse texto: o PMMA.
O Polimetilmetacrilato, ou PMMA, é um preenchedor definitivo utilizado na bioplastia.
Possui como função principal o estímulo duradouro à produção de colágeno, com isso visa redefinir o contorno corporal, trabalhando a volumetria do corpo do paciente.
Isso quer dizer que a neocolagênese buscará um aumento no volume dos músculos do bíceps/tríceps.
Além disso, pode haver ainda ganhos indiretos como redução da flacidez e da celulite (lipodistrofia ginoide).
É um procedimento definitivo, ou seja, a menos que o(a)paciente decida aumentar mais o volume futuramente, não há necessidade de novas aplicações para manter o resultado, pois é permanente.
É um produto reconhecido pela OMS, FDA (Food and Drug Administration) e ANVISA.
Possui um baixo índice de complicações (menos de 1%) quando administrado por médico experiente e em locais com os protocolos sanitários adequados.
E lembre-se: na dúvida procure seu médico de confiança e avalie as opções para o preenchimento de bíceps/tríceps.
Referências
AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EAet al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018).https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa esclarece sobre indicações do PMMA. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/anvisa-esclarece-sobre-indicacoes-do-pmma#:~:text=O%20produto%20est%C3%A1%20autorizado%20para>. Acesso em: 8 fev. 2023.
CAMARGO, T. P. P. COSTA, S. P. V.; UZUNIAN, L. G. E VIEBIG, R. F. Vigorexia: Revisão dos Aspectos Atuais Deste Distúrbio de Imagem Corporal. São Paulo, 2006.
CHACUR, Roberto. Ciência e Arte do Preenchimento. 1 ed- Porto Alegre/RS. AGE, 2018.
COHN RD, Campbell KP. Molecular basis of muscular dystrophies. Muscle Nerve 2000;23:1456–71.
DRAKE, R.L., Vogl, A. W., Mitchell, A. W. M., (2014): Gray’s Anatomy for Students (2nd ed.). London: Elsevier Churchill Livingstone.
MOORE, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. (2014). Clinically Oriented Anatomy (7th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.
STANDRING, S. (2016). Gray’s Anatomy (41tst ed.). Edinburgh: Elsevier Churchill Livingstone.
