Sabe aquela parte do corpo que anda sem tônus e que tanto incomoda? Isso pode ser flacidez.
É fato que todos nós a teremos em algum grau ao longo da vida.
O motivo? É algo natural no processo de envelhecimento, mas que pode ser contornado.
E é devido a sua relevância e prevalência que elaboramos este texto dedicado ao tema.
Durante a leitura você irá conhecer o que é a flacidez, quais os seus principais tipos, causas, tratamento e prevenção.
Além disso, poderá entender como o preenchimento definitivo com uso de PMMA pode te auxiliar na correção.
Por fim, compreenda como a tecnologia do Renuvion pode te ajudar na batalha contra a flacidez.
Boa leitura!
DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO
- O que é a Flacidez?
- Flacidez Facial e Flacidez Corporal
- Causas da Flacidez
- Principais tipos de Flacidez
- Como tratar a Flacidez
O que é a Flacidez?
Antes de mais nada: a flacidez é um processo que resulta de uma atrofia tecidual.
Nesse sentido, ela está diretamente associada com a redução da produção de fibras de colágeno e elastina.
Apesar de estranho e por mais incrível que pareça, é um processo natural.
De fato, a flacidez costuma dar os primeiros sinais, de forma orgânica, a partir dos 25 anos e, por ser um processo fisiológico, é praticamente inevitável.
Contudo, há formas de prevenção e tratamento para ela, conforme será visto adiante.
De maneira idêntica, dentre os mecanismos biológicos envolvidos nesta perda gradual de elasticidade da pele durante o envelhecimento, há uma enzima que contribui de forma especial para o processo.
É a elastase.
Primordialmente, essa enzima é responsável pela degradação das cadeias de fibras elásticas, o que originará, por sua vez, a perda da elasticidade cutânea.
Semelhantemente, a queda na produção de colágeno, que começa a ser mais acentuada a partir dessa idade, também contribui para o surgimento da flacidez.
A princípio, sabemos que o colágeno promove firmeza, sustentação e elasticidade à pele, em sinergismo com a elastina.
Dessa forma, quando começa a ocorrer a redução da neocolagênese, em uma relação inversa, há o aumento da flacidez.
Outro ponto a ser ressaltado, é a baixa espontânea nos estoques de ácido hialurônico, a molécula responsável por deixar a pele hidratada e preenchida, contribuindo para os contornos faciais, por exemplo.
Como resultado, com menos ácido hialurônico disponível, há um menor grau de hidratação e preenchimento da pele, com isso “sobra” tecido e aparecem os primeiros sinais do processo de envelhecimento cutâneo.
Em síntese, somadas as reduções naturais de elastina, colágeno e ácido hialurônico, a flacidez e os chamados sinais cronológicos da pele ficam mais evidentes.
Além disso, outro fator crucial que colabora de forma significativa para uma pele mais flácida é a perda de tônus muscular que ocorre com a idade.
Esse ponto em específico será tratado logo adiante.
Antes, contudo, é importante discutirmos mais a respeito dos tipos de envelhecimento cutâneo pelos quais passa o nosso corpo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD) existem 2 principais tipos:
- Envelhecimento cutâneo intrínseco ou cronológico
Resulta principalmente da passagem do tempo. Estimulado por fatores genéticos, hormonais e reações metabólicas, como o estresse oxidativo.
Possui como características os efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, como linhas de expressão, diminuição da espessura da pele e ressecamento cutâneo.
- Envelhecimento cutâneo extrínseco ou ambiental
Provocado principalmente pela exposição ao sol e outros fatores ambientais como: estilo de vida (exercício físico, alimentação), estresse fisiológico e físico.
Por conseguinte, contribuem para esse processo a radiação solar ultravioleta, toxinas como tabaco, álcool e poluição do ar, os quais possuem poder de acelerar o processo de envelhecimento cutâneo.
Flacidez Facial e Flacidez Corporal
Didaticamente, costuma-se dividir a flacidez em facial e corporal.
No entanto, ambos os tipos possuem causas similares para o surgimento de áreas flácidas.
A princípio, o diferenciador é a ocorrência com maior frequência em áreas mais expostas aos fatores causais.
Por exemplo, a flacidez em coxa e glúteos na mulher é mais prevalente devido ao processo de lipodistrofia associado ao hormônio estrogênio.
Dessa forma, isso faz com que haja uma tendência maior na deposição de gordura nessas regiões, o que contribui para o surgimento de áreas com menor tônus.
Exploremos agora, de forma mais detalhada, as principais causas da flacidez.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
- Lipodistrofia: o que é, como funciona e técnicas de correção
- Celulite: o que é, causas, como tratar e prevenir
- Colágeno: o que é, para que serve, como estimular
- Bioplastia de glúteo: o que é, indicações e cuidados
Causas da Flacidez
A flacidez da pele, antes de tudo, pode ocorrer por diversos motivos, entre eles a falta de colágeno no corpo.
Isso porque o colágeno do tipo 1 é a principal proteína da pele, responsável pela sua estrutura e sustentação.
Similarmente, o envelhecimento fisiológico pode ainda ser acelerado por diversos fatores:
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Distúrbios hormonais
- Gravidez
- Obesidade
- Grande perda ponderal em pouco tempo(efeito sanfona)
- Alimentação ruim
Há também outras influências no enfraquecimento das fibras de sustentação da pele.
Alguns fatores genéticos importantes decorrentes de danos no DNA por radiação UV, principalmente UVA, e toxinas também contribuem para a flacidez.
Isso pois a exposição excessiva ao sol pode degradar essas fibras de sustentação da pele, além de ocasionarem danos à capacidade de replicação celular.
Segundo a SBD, dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem diminuir em 50% até a meia-idade.
Além disso, a referida entidade ressalta que as pessoas que tiveram um perda de peso drástica, que têm a pele clara e aquelas que se expõem ao sol com frequência, principalmente sem a devida proteção, tendem a ser mais afetadas.
Logo depois, outro fator relevante é o desequilíbrio hormonal: a baixa produção de hormônios como o estrogênio, testosterona e GH (crescimento) ao longo dos anos faz com que o processo de deterioração da pele se acelere.
E nas mulheres o fenômeno é duplamente cruel: devido à menopausa e a redução drástica de estrogênio consequente, ocorre prejuízo na renovação celular da pele, com afinamento das camadas epidérmicas e dérmicas.
Estresse Oxidativo
Sobretudo, o estresse oxidativo altera os ciclos de renovação celular.
Como resultado, causa processos que liberam mediadores inflamatórios na pele aceleradores do processo de envelhecimento.
Não apenas isso, com os anos ocorre a redução das chamadas células de Langerhans, protetoras da epiderme contra infecções e danos.
Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação
A glicose é um combustível celular vital.
No entanto, a exposição crônica à glicose pode afetar a idade do corpo por um processo chamado de glicação.
Ela pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno, dos alimentos, ou endógeno, como no caso do diabetes.
A consequência principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como consequência o envelhecimento precoce.
Tabaco
Fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na pele.
Isso pois o calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea.
Além disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo local, dificultando a oxigenação dos tecidos.
A redução desse fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da pele e para a formação de rugas, além de dar à cútis uma coloração amarelada.
Alimentação
Uma dieta desequilibrada contribui de forma importante para a flacidez.
Só para ilustrar, uma alimentação pobre em proteínas– a base para produção de colágeno- pode ser suficiente para o surgimento de áreas de flacidez.
Bem como, outro fator importantíssimo é a ingestão de água adequada para manter a pele hidratada.
Principais tipos de Flacidez
Não são poucos os(as) pacientes que chegam até o consultório médico com queixas de flacidez.
Dessa maneira, o que o profissional deve saber é diferenciar a flacidez tissular(da pele) daquela muscular.
O motivo?
Poderá, por certo, instituir tratamentos mais eficazes para melhorar as áreas flácidas.
Flacidez tissular (da pele)
Esse tipo de flacidez está muito relacionado à redução de colágeno, elastina e ácido hialurônico, conforme já citado anteriormente.
Todos os fatores de envelhecimento endógenos e exógenos citados pela SBD acima são os principais causadores da perda de tônus da pele.
Flacidez muscular
Nesse caso, ocorre uma progressiva perda de massa muscular e a possível substituição por gordura.
Ocorre uma atrofia e desgaste das fibras de sustentação da musculatura subcutânea.
O principal motivo é a diminuição das proteínas que sustentam essas fibras, em decorrência muitas vezes de sedentarismo ou baixa atividade física.
O resultado disso tudo?
Flacidez, músculos sem contornos definidos, com aspecto “mole” e não tonificados.
Como tratar a Flacidez?
Antes de abordarmos o tratamento da flacidez, que tal algumas dicas de prevenção?
Você pode prevenir a flacidez desenvolvendo alguns hábitos saudáveis.
Ter uma alimentação equilibrada contribui para diminuir e até mesmo prevenir a flacidez.
Por isso, invista em alimentos ricos em antioxidantes, como leite, cereais e peixes, que ajudam a manter a pele firme.
Evite consumir muitos doces, álcool, refrigerantes, frituras, alimentos embutidos e ricos em sódio.
Outra dica é praticar atividades físicas regularmente, como pilates e musculação, que estimulam o tônus muscular e a diminuição do tecido adiposo.
Isso é importante porque a gordura pode “esconder” um músculo tonificado, ocasionando a flacidez.
Assim, você também consegue evitar a variação de peso e o efeito sanfona, que deixa a pele flácida.
Como o preenchimento definitivo pode auxiliar?
Quando falamos em flacidez, dentre as tantas opções de tratamento, o preenchimento definitivo merece uma atenção especial.
E qual o motivo disso?
Primeiramente, saiba que o preenchimento definitivo é utilizado para volumização e redefinição do contorno corporal por meio do estímulo à produção de colágeno nas áreas em que é administrado.
É uma espécie de bioestimulador de ação duradoura que traz como ganhos secundários a esse aumento de volume a redução da flacidez e da celulite.
Tem as vantagens de ser um procedimento definitivo, não necessitando de reaplicação para manutenção do resultado.
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PMMA e a redução de áreas flácidas
O PMMA, ou Polimetilmetacrilato, é o preenchedor definitivo que realiza esse estímulo à neocolagênese.
O segredo está nas microesferas que estimulam a biossíntese de mais colágeno pelos fibroblastos, as células atuantes nessa colagênese, a nível intramuscular profundo.
É um produto reconhecido em seu uso pela OMS, FDA (Food and Drug Administration) e ANVISA.
De uso exclusivo por médico com CRM válido, costuma ser aplicado a nível de clínica/hospitalar, desde que os estabelecimentos sigam as normas sanitárias específicas determinadas pelo órgão regulador- ANVISA.
Vale lembrar que é um procedimento com baixo risco de complicação quando aplicado por médico experiente e em locais adequados conforme exposto anteriormente.
Os primeiros resultados costumam começar a ocorrer logo nas primeiras semanas, com maior visualização após 90 dias.
Além disso, sabe-se que o estímulo à produção de colágeno segue por pelo menos 1 ano após o procedimento e os resultados são permanentes.
Lembre-se: em caso de dúvidas procure seu médico de confiança.
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RENUVION e o tratamento para Flacidez
O Renuvion é uma alternativa cirúrgica, geralmente atrelado ao cirurgião plástico, ao tratamento da flacidez.
Este equipamento emite um jato de plasma, uma associação de gás Hélio e radiofrequência, através de uma cânula contida na sua extremidade.
Isso faz com que aumente a temperatura no tecido subcutâneo, provocando uma desidratação no chamado trato fibroseptal, que liga a pele à musculatura.
Essa desidratação promovida pelo Renuvion provoca uma retração da pele, reduzindo a flacidez.
Geralmente o procedimento está associado à lipoaspiração, atuando nos túneis que a cânula da lipo deixou.
O efeito secundário do Renuvion costuma ser o estímulo à produção de colágeno entre 6-9 meses após o procedimento.
No entanto, é um procedimento que deve ser realizado em bloco cirúrgico e sob anestesia geral, ainda que seja feito sem associação à lipoaspiração.
Referências
AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EAet al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018). Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1>. Acesso em: 15, dez, 2022.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa esclarece sobre indicações do PMMA. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/anvisa-esclarece-sobre-indicacoes-do-pmma#:~:text=O%20produto%20est%C3%A1%20autorizado%20para>. Acesso em: 8 mar. 2023.
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SANTOS, F. Z. DOS et al. USO DO RENUVION J-PLASMA PARA RETRAÇÃO CUTÂNEA PÓS LIPOASPIRAÇÃO: EXPERIÊNCIA DE 64 CASOS. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 51, n. 1, p. 302–307, 28 abr. 2022. Disponível em <https://revista.acm.org.br/index.php/arquivos/article/view/1223/666>. Acesso em: 8 mar. 2023.