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Depressão Trocantérica: o que é, causas, como tratar

Sabe aquele “sulco” ou desnível no quadril, na lateral da bumbum? Ele tem nome e sobrenome: Depressão Trocantérica.

Com certeza é razão de incômodo para muitos pacientes, especialmente as mulheres.

O motivo?

Desarmoniza o visual arredondado na lateral do quadril, característico da silhueta feminina.

A boa notícia é que há correção!

Para te ajudar nisso, criamos esse texto, nele você irá entender o que é a depressão trocantérica, quais as causas e os tratamentos disponíveis para ela.

Você também encontrará informações sobre como o preenchimento definitivo com uso de PMMA pode te ajudar na correção do problema.

A ideia é reunir informações de qualidade e transformá-las em uma linguagem acessível para que você consiga ficar por dentro desse tema importante.

Boa leitura!

DESCUBRA NA LEITURA DESSE TEXTO

  • O que é a Depressão Trocantérica ou “Hip Dips”?
  • Causas da Depressão Trocantérica
  • Tratamentos para a Depressão Trocantérica
  • Como o preenchimento definitivo com PMMA pode auxiliar 

O que é a Depressão Trocantérica ou “Hip Dips”?

Para início de conversa, precisamos definir o que é depressão trocantérica ou também conhecida como “Hip Dips”.

Se você já conhece o termo, provavelmente é algo que está te incomodando, e se você não conhecia, é chegada a hora.

Em termos mais objetivos, como o próprio nome diz, refere-se a uma depressão na lateral dos glúteos.

É decorrente em muitos casos da perda de gordura na lateral da coxa, na altura da articulação do fêmur com o quadril.

A expressão “depressão trocantérica”, embora não seja tão amplamente conhecida, é uma condição até que bastante comum.

O termo “trocantérica”, por sua vez, surgiu por conta do trocanter, a extremidade do fêmur.

Para ilustrar melhor, iremos explicar brevemente alguns detalhes anatômicos básicos da região. 

Para começar, precisamos conhecer os chamados músculos da região glútea.

Eles dividem-se em músculos grandes e superficiais: glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata. Possuem como funções na articulação do quadril a extensão, rotação externa e interna, abdução e adução da coxa na articulação do quadril.

Além desses, possuímos a camada profunda (ou interna) dos músculos glúteos: músculo piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo inferior e quadrado femoral. Todos com inserção no já mencionado trocânter do fêmur.

Os músculos glúteos da camada profunda possuem a função de rotação externa da coxa na articulação do quadril, abdução (abertura) da coxa e estabilização da cabeça do fêmur no acetábulo- local de encaixe do osso no quadril.

Como é possível perceber, há uma vasta gama de músculos envolvidos na região glútea, todos com funções importantes para o movimento corporal.

Qual a relação com a Depressão Trocantérica?

Antes de mais nada, cumpre ressaltar que a região da depressão trocantérica é um local sem a presença de musculatura disponível para a correção com preenchimento, por exemplo, pois é um local composto essencialmente pelo trocânter do fêmur e ligamentos (como o tensor da fáscia lata).

Essa depressão no quadril, que ocorre mais frequentemente em mulheres, pode ser bastante visível e gerar incômodos a partir disso.

Embora seja uma condição que não cause problemas funcionais e não interfira diretamente na saúde física dos pacientes, é na questão da autoestima que costuma ser o ponto sensível da depressão trocantérica.

Isso pois o aspecto “afundado” em uma área que deveria respeitar a silhueta da mulher, de formato ginoide, ou seja, arredondado, pode afetar uma das características mais importantes da sensualidade feminina.

Logo, não é uma disfunção fisiológica, mas sim estética, no entanto, com repercussão na saúde mental dos pacientes, devido ao impacto na autoestima.

Além disso, é uma marcação lateral do quadril associada à estética masculina do glúteo, sinal de musculatura rígida e trabalhada.

Tanto é, que também é frequente em pacientes que costumam malhar muito e ter baixos níveis de gordura corporal.

Passemos agora a discutir as principais causas da depressão trocantérica.

MAIS SOBRE O ASSUNTO

Causas da Depressão Trocantérica

A depressão trocantérica poderia ser explicada por alguns fatores em específico, como por exemplo, pelo que chamamos de fator fisiológico/anatômico, ou seja, a distribuição dos músculos na região glútea, favorecendo outras regiões que não a lateral do bumbum.

Outro contribuinte a ser considerado é o processo de emagrecimento ou a baixa distribuição natural de gordura na lateral do quadril, o que acentua a irregularidade na distribuição dos volumes corporais.

Vale ressaltar que a questão hormonal pode estar relacionada com essa distribuição de gordura.

Explicamos…

Na mulher, o hormônio estrogênio promove o que chamamos de lipodistrofia, como a distribuição de gordura no culote, por exemplo.

É um efeito secundário natural da produção estrogênica que fornece o aspecto de feminilização do quadril da mulher. 

Quando há um desvio dessa lipodistrofia ou a baixa deposição de gordura em áreas estratégicas, há a possibilidade de aparecer a depressão trocantérica.

Caso você queira saber mais a respeito da lipodistrofia, criamos um texto inteirinho para você.

Clique aqui e saiba mais a respeito desse tema!

Nos homens, por outro lado, o hormônio testosterona é responsável pela baixa disponibilidade de gordura na região glútea e consequentemente a maior predisposição ao “afundamento” na lateral do quadril.

Seguiremos agora para as discussões a respeito das opções de tratamento da depressão trocantérica.

Freepik, 2023.

Tratamentos para a Depressão Trocantérica

É preciso ressaltar, antes de tudo, que a região com depressão trocantérica não é tão simples de ser tratada, pois está em um local de convergência dos músculos glúteos, concentrando-se ali os respectivos ligamentos.

Apesar de difícil, não é impossível! 

Possuímos sim maneiras muito eficazes de contornar esse problema.

Nesse sentido, ao falarmos sobre opções de tratamento para a depressão trocantérica, podemos considerar:

  • Bioplastia com preenchedor definitivo
  • Manejo cirúrgico com lipoenxertia
  • Utilização de preenchedores temporários

A primeira opção, com a utilização de preenchedor definitivo por meio da técnica de Bioplastia, é uma das melhores formas de tratamento, pois, em um procedimento sem cirurgia e sem cortes, é possível harmonizar a volumetria local.

Isso sem contar que é um procedimento definitivo, com resultados duradouros.

Como isso ocorre?

É preciso falar que o preenchedor não pode ser aplicado diretamente na região da depressão trocantérica, ao contrário do que muitos pensam.

Isso porque ele precisa ser administrado de forma intramuscular a nível profundo, e nesse local não há músculos propriamente ditos, mas o encontro deles por meio dos seus ligamentos no trocânter do fêmur.

Assim, o que se propõe com a Bioplastia é a busca do equilíbrio por meio da volumetria, um dos princípios da técnica.

Com isso, o médico irá preencher áreas do glúteo que proporcionem um efeito que equilibre a parte superior e lateral do bumbum ao mesmo tempo, reduzindo a aparência de “afundamento” causada pela depressão trocantérica.

Dessa forma, o preenchimento definitivo trabalha na projeção lateral do bumbum especialmente no glúteo médio, reduzindo a visão de afundamento em ângulo frontal, mas sem engordar o quadril.

Caso você queira saber mais a respeito da Bioplastia, possuímos um texto ideal para isso!

Clique aqui e boa leitura!

Logo mais trataremos sobre o principal preenchedor definitivo, o PMMA.

A segunda opção seria o manejo cirúrgico por meio da lipoenxertia.

O que seria essa técnica?

É um procedimento no qual o médico realiza uma lipoaspiração com tratamento dessa gordura lipoaspirada e faz enxerto dela nos glúteos do paciente, na tentativa de volumizar a região próxima à depressão trocantérica.

Os aspectos mais sensíveis dessa opção são a necessidade de internação cirúrgica e o fato de não ser um procedimento definitivo, já que a gordura injetada é reabsorvida com o passar do tempo.

Além disso, não há uma regularidade na distribuição da gordura enxertada, podendo haver assimetrias e mesmo a piora dos quadros associados de flacidez e celulite com o tempo.

Por fim, uma terceira opção para tentar corrigir a depressão trocantérica sem se submeter a um procedimento cirúrgico é a utilização de bioestimuladores temporários de colágeno.

Nesse último caso em específico, até ocorre a produção de colágeno local, contudo, não há um direcionamento para volumização, pois os bioestimuladores não são volumizadores! 

Fora a necessidade de reaplicação periódica do bioestimulador para manutenção.

Um ponto bônus que pode ser uma questão para muitos: os exercícios físicos ajudam a corrigir a depressão trocantérica?

Os exercícios até aumentam o volume muscular da região glútea, mas não agem na causa da depressão trocantérica. 

Ao contrário, exercícios intensos provocam perda de gordura corporal, uma das principais causas de desnível na região dos quadris.

Por isso é comum que mulheres atletas apresentem esse acometimento.

O que pode auxiliar são exercícios como agachamento e levantamento de pesos que podem aumentar os glúteos e músculos da coxa, o que complementa o resultado do preenchimento definitivo, por exemplo, já que o corpo fica um pouco mais “arredondado” nesses locais.

Como o Preenchimento Definitivo com PMMA pode auxiliar?

A correção da depressão trocantérica com o PMMA, ou Polimetilmetacrilato, pode ser uma opção interessante a se considerar.

Isso pois esse preenchedor definitivo é utilizado para estimular a produção de colágeno de forma duradoura, permanente.

É aplicado a nível profundo no plano intramuscular por meio de microcânulas. 

Os resultados costumam ter início a partir de 90 dias da aplicação e podem continuar evoluindo por até 1 ano após o procedimento.

Além disso, fora o ajuste volumétrico na questão da depressão trocantérica, como ganhos secundários da neocolagênese induzida pelo PMMA podemos obter a redução da flacidez e da celulite.

É um preenchedor que deve ser aplicado por médico com CRM válido e em clínicas que prezam pelas normas sanitárias exigidas pela ANVISA.

O procedimento possui baixo risco de complicações, menos de 1% conforme estudo realizado no consenso sobre a aplicação de PMMA, quando aplicado nas condições acima por profissional habilitado e experiente no seu uso.

É um produto reconhecido pela OMS, FDA (Food and Drug Administration) e ANVISA.

Como citado anteriormente, o aumento do volume no bumbum, de acordo com o caso individualizado de cada paciente, reorganiza a volumetria por meio da Bioplastia e com isso procura-se uma melhor harmonização do sulco trocantérico.

E lembre-se:

Caso tenha dúvidas mais específicas sobre como o Polimetilmetacrilato pode auxiliar na correção da depressão trocantérica, procure seu médico de confiança.

Referências

AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EA et al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018). Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1>. Acesso em: 13  mar, 2023.

DRAKE, R. L., Vogl, A. W. & Mitchell, A. W. M. (2015). Gray’s Anatomy for Students (3rd ed.). Philadelphia, PA: Churchill Livingstone.

MOORE, K. L., Dalley, A. F. & Agur, A. M. R. (2014). Clinically Oriented Anatomy (7th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.

Dr.

Túlio Souza

Médico formado pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) com mais de 14 anos de experiência em preenchimentos definitivos. Aprendi sobre preenchimento com os criadores da técnica no mundo: Dr. Gottfried Lemperle e Almir Nacul. Minha missão é levar procedimentos sérios e seguros aos nossos pacientes, sejam eles estéticos ou reparadores.

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