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Colágeno e PMMA

Resultados: Colágeno x Absorção de Veículo do PMMA

Você sabe como se comporta o colágeno e o PMMA ao longo do tempo?

Sabe como ocorre o aumento da produção de colágeno (neocolagênese) induzida pelo Polimetilmetacrilato?

Não?

Então nos acompanhe nessa leitura, preparamos informações muito interessantes a respeito do comportamento dessas substâncias pós preenchimento definitivo.

Esperamos que após completar a leitura você se sinta mais confiante para optar pela Bioplastia.

Afinal, como gostamos de dizer, não existe medicina sem uma boa dose de explicação científica como base.

Boa leitura!

DESCUBRA NA LEITURA DESTE TEXTO

  • Qual a relação do colágeno com o PMMA? 
  • O que acontece com o PMMA e com o colágeno ao longo do tempo?  
  • Quais fatores internos/externos podem influenciar nos resultados?
  • Curvas de colágeno e volumização no pós-procedimento 
  • E o resultado, é permanente?

Qual a relação do colágeno com o PMMA?

Antes de mais nada, é preciso ressaltar sempre a importância do Polimetilmetacrilato, ou PMMA, enquanto volumizador por excelência.

É um produto de altíssima tecnologia agregada em suas microesferas, as quais, quando inseridas no plano intramuscular profundo, são capazes de desencadear um estímulo à neocolagênese (nova produção de colágeno).

Dessa forma, a potencialização do efeito pró-colágeno que o preenchimento definitivo é capaz de fornecer resulta da interação de alguns fatores:

  • Aplicado por profissional médico com experiência e treinamento adequados

  • Utilização de técnica compatível ao preenchimento

  • Capacidade Individual de cada paciente em responder ao estímulo para produção de colágeno

O que o PMMA faz ao atuar como bioestimulador é criar um microambiente no local de inserção das microesferas que induzem os fibroblastos, as células produtoras de colágeno, a sintetizarem mais dessa substância.

A produção de mais colágeno, por sua vez, resulta em um aumento de volume local.

Esse aumento volumétrico promove, finalmente, tanto a redefinição do desenho volumétrico corporal, objetivo da Bioplastia, quanto leva aos benefícios secundários do Polimetilmetacrilato, quais sejam a redução da flacidez e da celulite

MAIS SOBRE O ASSUNTO

Passemos agora a analisar como se comportam tanto o colágeno quanto o PMMA ao longo do tempo.

O que acontece com o PMMA e com o colágeno ao longo do tempo?

Essa é uma dúvida recorrente entre os(as) pacientes.

Realizei o procedimento e agora?

É importante lembrar que o resultado começa a aparecer na forma mais próxima ao esperado a partir de 90 dias após o preenchimento definitivo.

Em algumas pessoas, a depender das variáveis internas/externas que serão explicadas no próximo tópico, esse resultado pode continuar melhorando por até 1 ano após a realização da Bioplastia, segundo estudo.

Precisamos entender que a produção de colágeno é uma curva ascendente, ou seja, de aumento após o procedimento, com processos simultâneos de estímulo pelas microesferas de PMMA e produção de nova matriz colágena pelos fibroblastos.

Quais fatores internos/externos podem influenciar nos resultados?

Você também precisa saber que existe uma série de fatores que podem influenciar nos seus resultados.

Didaticamente podemos dividi-los em fatores internos e fatores externos:

Internos

  • Melhor resposta individual à produção de colágeno

  • Níveis adequados de substrato, como a vitamina C, para a hidroxilação de lisina e prolina na produção do colágeno

  • Boa taxa de resposta local à deposição das microesferas do preenchedor no intramuscular.

Externos

  • Atividade física como coadjuvante no processo de ganho de volume

  • Alimentação nutritiva que auxilie na rota metabólica do colágeno.

Desse modo, a equação em busca dos resultados é composta fundamentalmente por:

Bom produto + Bom profissional + Boa técnica + Fatores internos + Fatores externos 

Saiba mais sobre o colágeno no nosso texto Colágeno: o que é, para que serve, como estimular.

Curvas de colágeno e volumização no pós-procedimento

Primeiramente, a título ilustrativo, iremos simplificar a situação para que seja mais facilmente compreendida. 

Imagine que o PMMA inserido no plano intramuscular pela microcânula e o colágeno resultante desse estímulo sejam duas linhas. 

A linha do colágeno é uma espécie de curva, ou seja, vai aumentando gradualmente no início e tende a ter maior expressão volumétrica próximo aos 90 dias.

Se você reparar bem, verá que o veículo do PMMA, ou substância que carrega as microesferas do Polimetilmetacrilato, é reabsorvido com o tempo, enquanto as microesferas ficam instaladas de forma duradoura nos locais previamente desejados pelo profissional.

O que isso quer dizer?

Isso significa que a curva (laranja no gráfico) da produção de colágeno tende a crescer com o tempo, resultando em ganho de volume, enquanto a curva do PMMA tende a decrescer em um primeiro momento, até atingir um platô de estabilidade após a reabsorção do veículo, permanecendo as microesferas nos locais estrategicamente definidos de forma permanente.

Para facilitar: imagine um bowl de cereais em forma de “bolinhas”, o leite seria o equivalente ao veículo que carregas as microesferas do PMMA e o cereal seria as microesferas de Polimetilmetacrilato. Nesse caso, o leite seria reabsorvido e o cereal permaneceria na tijela. 

Nesse aspecto, pode ter surgido ainda outra dúvida: e o resultado, é permanente? 

É o que aborda o próximo item da nossa leitura…

E o resultado, é permanente?

Freepik, 2023.

Baseado no que você já leu até aqui, é preciso que sejam destacadas 2 informações:

1- O preenchedor definitivo, o PMMA, é permanente.

2- Contudo, os resultados podem sim sofrer variações ao longo do tempo.

Explicamos…

Como visto anteriormente, as microesferas não são reabsorvidas, apenas o veículo carreador delas. Desse modo, o estímulo à produção de colágeno é constante, pois o PMMA continuará lá, solicitando aos fibroblastos que mais matriz extracelular seja produzida.

O que acontece ao longo dos anos, é que com o avançar da idade principalmente, a capacidade individual de produção colágena (um fator interno como visto no tópico anterior) pode dar sinais de menor habilidade para produção de matriz colagenosa. Algo que é perfeitamente normal e fisiológico de ocorrer.

Apesar disso, um impacto, ainda que pequeno, pode ser provável de aparecer ao longo das décadas em função dessa diminuição natural do potencial colagenoso pela qual o corpo humano passa. 

Por outro lado, o preenchimento definitivo com PMMA é a opção duradoura para a reposição de colágeno e volumização, pois os bioestimuladores temporários, além de não atingirem o nível intramuscular profundo, ainda possuem um tempo de meia-vida muito curto, o que exige um protocolo de reaplicação constante.

Por fim, lembre-se sempre: ao surgirem dúvidas mais específicas, consulte seu médico de confiança!

Referências

AZULAY, R. D. Dermatologia, 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

BLANCO SOUZA, Túlio Armanini, Colomé, LM, Bender, EAet al.Recomendação do Consenso Brasileiro sobre o Uso do Preenchimento de Polimetilmetacrilato na Estética Facial e Corporal.Aesth Plast Surg42, 1244-1251 (2018).https://doi.org/10.1007/s00266-018-1167-1

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa esclarece sobre indicações do PMMA. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2018/anvisa-esclarece-sobre-indicacoes-do-pmma#:~:text=O%20produto%20est%C3%A1%20autorizado%20para>. Acesso em: 5 maio 2023.

NÁCUL, Dr. Almir. Bioplasty, the Interactive Plastic Surgery: How a physician must advise his patients. Editora Quintessence, 1 jan. 2018.

Dr.

Túlio Souza

Médico formado pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) com mais de 14 anos de experiência em preenchimentos definitivos. Aprendi sobre preenchimento com os criadores da técnica no mundo: Dr. Gottfried Lemperle e Almir Nacul. Minha missão é levar procedimentos sérios e seguros aos nossos pacientes, sejam eles estéticos ou reparadores.

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